Jornal Panorama - Como você analisa esses primeiros meses a frente do SAAE Ambiental? Luciano Fiori – Neste primeiro semestre, estou procurando realizar o reconhecimento das estruturas da autarquia, conhecer o funcionamento, ter uma ideia exata da atual situação, conhecer os funcionários e chegar a uma conclusão dos possíveis caminhos a seguir. Encontrei o SAAE com uma condição financeira muito precária, então precisei nesses primeiros meses recuperar o caixa que estava praticamente zerado, tomando algumas medidas de contenção de custos. Até agora, durante o mês de abril conseguimos um caixa de R$476.192,13 mil reais com todos os pagamentos em dia. J. P. - Quais foram as mudanças estruturais que tiveram que ser feitas? L.F. - Tivemos que aumentar a eficiência na cobrança, e uma das mudanças fundamentais para que os contribuintes voltassem a pagar em dia foi alterar a data de leitura, pois estavam muito próximas uma da outra, quando terminavam de pagar uma conta logo em seguida chegava outra. Compramos 2000 mil hidrômetros novos, já que depois de algum tempo o hidrômetro começa a ter problemas e não marcar a quantidade real de água consumida, mas ainda temos bairros com hidrômetros com mais de 15 anos. Havia excesso de hora extra que precisamos cortar. Diminuímos gastos com combustíveis. Estabelecemos um teto de 100mil reais por mês para despesas de custeio, a fim de manter o caixa equilibrado. Estamos realizando a maioria das compras através de pregão presencial e assim conseguimos melhorar os preços, materiais para manutenção e obras que estavam orçados em 888 mil caíram pra 530 mil. J. P. - Quais o seus projetos para o SAAE? L.F. - Conseguimos firmar convênio com o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo) para a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Moreiras, que era pleiteado pelo SAAE desde 2009, com previsão de início em julho deste ano, no valor de 5 milhões de reais. Incluímos o projeto para construção da ETE Pelado no PAC 2 através da Funasa no valor de 8 milhões e 100 mil reais. Na área técnica, estamos adquirindo uma bomba para recalque de água tratada na ETA I, que com sua instalação, esperamos economizar cerca de 5 mil reais por mês com energia elétrica. Contratamos também, um equipamento gerador de cloro da empresa Hidrogeron, onde o cloro usado para desinfecção da água é produzido através de água e sal. Anteriormente usávamos cloro gás, um produto químico altamente tóxico que pode comprometer a saúde dos operadores em caso de vazamento. Além disso, estamos instalando uma tubulação de 6 polegadas para abastecer com maior volume de água a caixa do cruzeiro e construindo uma lagoa para tratamento do lodo da ETA na ETE do Barreiro já em fase final . Nesta Lagoa poderemos pela primeira vez tratar o lodo da ETA que antes era depositado num terreno na Rua Estado de Israel. J.P. - Para finalizar quais a suas considerações? L.F. - Este trabalho só esta sendo possível graças ao apoio do prefeito Toninho Nogueira, com quem compartilho a mesma filosofia administrativa, onde colocamos sempre em primeiro lugar o bem estar e qualidade de vida da população lindoiense.